Educação





António
Fernandes
Aleixo


Portugal
18 Fev 1899 // 16 Nov 1949
Poeta popular

12 Poemas



Não Creio nesse Deus

I

Não sei se és parvo se és inteligente
— Ao disfrutares vida de nababo
Louvando um Deus, do qual te dizes crente,
Que te livre das garras do diabo
E te faça feliz eternamente.

II

Não vês que o teu bem-estar faz d'outra gente
A dor, o sofrimento, a fome e a guerra?
E tu não queres p'ra ti o céu e a terra..
— Não te achas egoísta ou exigente?

III

Não creio nesse Deus que, na igreja,
Escuta, dos beatos, confissões;
Não posso crer num Deus que se maneja,
Em troca de promessas e orações,
P'ra o homem conseguir o que deseja.

IV

Se Deus quer que vivamos irmãmente,
Quem cumpre esse dever por que receia
As iras do divino padre eterno?...
P'ra esses é o céu; porque o inferno
É p'ra quem vive a vida à custa alheia!

António Aleixo, in "Este Livro que Vos Deixo..."




Deuteronômio

1 "Escutem, ó céus, e eu falarei;
ouça, ó terra, as palavras
da minha boca.

2 Que o meu ensino caia como chuva
e as minhas palavras desçam como
orvalho, como chuva branda sobre
o pasto novo, como garoa sobre tenras
plantas.

3 "Proclamarei o nome do Senhor.
Louvem a grandeza do nosso Deus!

4 Ele é a Rocha,
as suas obras são perfeitas,
e todos os seus caminhos são justos.
É Deus fiel, que não comete erros;
justo e reto ele é.

32


Traduza este trabalho - Translate this job - Traducir este trabajo



Guestbook

  
Sobre o Autor
Projeto 12ª Arte
Língua Portuguesa
Portal da Arte
Portal dos Poetas Brasileiros